Atriz e performer, formada no curso de TV e Cinema da 7ª Oficina de Atores da Cesgranrio e em psicologia pela Universidade Santa Úrsula, Gaia nasceu em Belford Roxo na periferia do Rio de Janeiro, e foi criada na comunidade de Marapicu em Nova Iguaçu/RJ juntamente com seus três irmãos, em uma casa de posse.
É herdeira da luta pela terra, bisneta de João Pedro Teixeira, líder-fundador da primeira liga camponesa da Paraíba cuja vida e luta foi tema do clássico documentário “Cabra marcado para morrer” (1984). Ela descende de indígenas paraibanos Kariri e amazônidas e luta contra o etnocídio, usando sua arte para dar voz e visibilidade à retomada identitária de jovens indígenas em situação de favela, periferia e campo. Levanta a bandeira aldeia-quilombo na tentativa de invocar a união dos movimentos negros em Abyayla com o movimento indígena.
É co-fundadora e diretora da produtora ativista Anauá Filmes. Entre seus trabalhos recentes destacam-se o especial “Falas da Terra” da Rede Globo (2021), o curta-metragem “Baile” do RePensa Festival (2021), Elisama na Série DOM da Amazon Prime com direção de Breno Silveira (2023), a turnê Europa e EUA do espetáculo “Depois do Silêncio” com direção de Christiane Jatahy (2022), Isabel na novela “Vai Na Fé” (2023), a curadoria do projeto “CineBela - Programação Abya Yala” na Favela da Maré (2024), Nalu protagonista do longa-metragem “Eclipse” com direção de Djin Sganzerla (2024).
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A existência de Gaia é política por si só e não haveria como ser diferente sendo ela indígena, descendente de povos paraibanos e amazônidas, herdeira da luta pela terra e pela reforma agrária. Sua luta está expressa em sua arte, mas, para além disso, Gaia é ativista da causa indígena e importante voz e símbolo do movimento de retomada identitária de jovens indígenas nascidos em contexto urbano, vítimas do etnocídio sobre o qual se construiu a história do Brasil. Sempre presente em manifestações pelos direitos dos povos originários, Gaia leva a luta de seus ancestrais consigo aonde quer que vá, inspirando outras mulheres e jovens indígenas a erguerem suas vozes por cima da insistência colonial em silenciá-las em definitivo.
A Anauá Filmes é uma produtora audiovisual independente fundada por Patrick Raynaud, parentes indígenas e aliados. Tem por objetivo divulgar a luta dos povos originários e comunidades tradicionais de Abya Yala e outros continentes.
O “TePI – Teatro e os povos indígenas” traz a importância do protagonismo artístico indígena em sua expressão e representatividade. Aqui, o teatro é entendido na diversidade de sua forma e pela valorização do corpo como potência estética e política.
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